8 08UTC outubro 08UTC 2010 Deixe um comentário
Dez hospitais públicos e particulares têm 108 casos de pacientes infectados pela bactéria hospitalar, conhecida como KPC (Klebsiella pneumoniae CARBAPENEMASE). Apenas três antibióticos têm ação contra a superbactéria.
Medidas de higiene podem evitar a transmissão da bactéria nos hospitais.
“Não utilizar as precauções padrão como luvas de procedimento e jaleco gera a possibilidade de espalhar agentes produtores de KPC ou pior, somente seus mecanismos de resistência. Os mecanismos de resistência estão em fragmentos de DNA circular e podem ser trocados com as bactérias ubíquas da sua pele. Carbapenemase é uma enzima descoberta pela primeira vez na Klebsiella pneumoniae, dai o nome KPC. No entanto, é produzida por outros organismos como Serratia spp., Enterobacter spp., E.coli e Salmonella enterica.
A produção dessa enzima, CARBAPENEMASE, confere resistência a todas penicilinas, cefalosporinas (cefepime, ceftriaxona, … ), carbapenêmicos (meropenem, ertapenem, … ) e aztreonam. São geralmente susceptíveis a tigeciclina e colistina.”
Texto em azul é de responsabilidade do autor: Benício Leão
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal registrou, de janeiro até esta quinta-feira (07), 108 casos de infecção e 18 mortes causadas pela bactéria KPC, altamente resistente a antibióticos. O órgão anunciou reforço nas medidas de controle de infecção hospitalar para tentar conter a “superbactéria”.
Para evitar a transmissão da bactérias, profissionais da secretaria visitam os hospitais para lembrar que a higiene é a forma mais eficaz de evitar a infeccção. A secretária de Saúde, Fabíola Aguiar, disse que os hospitais possuem materiais de higiene para conter a disseminação da bactéria.
“Lavar as mãos sempre. Usar álcool em gel, com cuidado, observando todas as áreas da mão, que podem, eventualmente, ficar sujas. Usar equipamentos individuais que constituem barreiras como as luvas, máscara”, disse a secretária ao enumerar as condições para evitar o contágio.
No Distrito Federal, o maior número de pacientes com a “superbactéria” foi registrado no Hospital de Santa Maria (região administrativa a 45 km de Brasília). Segundo a Secretaria de Saúde, no ano foram registardos 58 casos e 4 mortes no hospital devido à infecção pelo micro-organismo.
Fontes:
http://emedicine.medscape.com/article/219907-overview
http://www.medscape.com/viewarticle/587949_3
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/bacteria-super-resistente-ja-matou-18-pessoas-no-distrito-federal.html
http://odia.terra.com.br/portal/brasil/html/2010/10/bacteria_super_resistente_matou_18_pacientes_no_distrito_federal_115570.html
http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL1623179-10040,00-SUPERBACTERIA+JA+MATOU+PACIENTES+DA+REDE+HOSPITALAR.html
Crítica: O Álcool é um agente bacteriostático, ou seja, inibe a proliferação bacteriana enquanto estiver sobre a superfície da pele, após evaporar, não há mais esse efeito. A limpeza das mãos deve ser recomendada unicamente através da lavagem completa das mãos, o álcool gel serve somente para emergências.
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