Brasil participará como observador
na missão de paz da ONU no Líbano
Ministro da Defesa explica que não se trata de envio de forças como no Haiti
Agência Brasil
29.09.2010/Agência Brasil
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que nesta quarta (6) anunciou a participação brasileira na missão de paz da ONU no Líbano
O Brasil terá um representante militar na Força de Paz Interina das Nações Unidas para o Líbano (Unifil), afirmou nesta quarta-feira (6) o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Segundo o ministro, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já o autorizou a negociar com o Departamento de Operações de Manutenção da Paz da ONU os termos da participação brasileira na missão.
Jobim adiantou que, inicialmente, o envolvimento brasileiro não se dará nos moldes da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah), com a qual o país contribui com 1.137 militares. A ação será como nas outras dez missões de paz que o Brasil integra, apenas com a presença de observadores.
- Não se trata do envio de forças. Vamos participar da missão, mas iremos iniciar com a participação de alguém ligado à Marinha.
Apesar de os responsáveis pela missão no Líbano terem pedido também a presença de navios da Marinha brasileira, eles não serão enviados.
- Os navios que nós temos não são suficientes sequer para atender às nossas necessidades.
Especialistas no assunto têm apontado que a intenção do governo brasileiro seria se beneficiar de uma "imagem positiva" para alcançar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Missão da Unifil no Líbano acontece desde 1978
A Unifil foi criada em 1978 com o objetivo de permitir à ONU acompanhar a retirada das tropas israelenses do Líbano. Além disso, caberia aos boinas-azuis (como são conhecidos os soldados da organização) ajudar na restauração da paz e da segurança na região e prestar assistência ao governo libanês.
Após a crise de julho de 2006, quando o Exército libanês e a milícia islâmica sunita Fatah se enfrentaram, deixando um saldo de dezenas de mortes, o Conselho de Segurança da ONU também delegou à missão a tarefa de supervisionar as medidas para o fim das hostilidades.
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